Como Espírita, acredito na vida eterna. Assim, ninguém morre, certo? Humm…. grande engano.
O Espiritismo é uma doutrina que propõe a reforma íntima, sendo Jesus o modelo e guia. Diante dessa proposta, todas as datas festivas não são diferentes de outras datas, a não ser pela reflexão que estas nos convidam a fazer.
Então, apresento-lhes uma reflexão e espero tocar o coração de cada um.
Ao acreditar na vida eterna, não poderia dizer que há mortos, certo? O problema é que vejo mortos o tempo todo. Um grupo de mortos que não tem o seu dia específico e sequer é notado pela sociedade.
São pessoas que trabalham, estudam, almoçam, jantam e se relacionam, mas estão mortas. Algumas tomam remédios para dormir e outras para acordar. Outras se anestesiam no desregramento do álcool, das drogas e do sexo. Não há entusiasmo pela vida e esta passa. Simplesmente a vida passa!
Para este grupo de mortos falta o sal da vida. A gente até aprende a comer a comida sem tempero (sal) se for preciso, mas ela fica sem um sabor especial. O sal é aquele tempero que se coloca em pouquíssimas quantidades, mas dá um sabor completamente diferente e bem mais interessante para a comida. Como anda o tempero da sua vida?
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” João 10:10
Deixamos de temperar a vida e caminhamos para a morte toda vez que optamos por não fazer algo que gostamos; toda vez que decidimos abrir mão da oportunidade de estar em um trabalho prazeroso; toda vez que deixamos de aprender um instrumento musical novo ou de encontrar com amigos queridos; toda vez que nos escondemos em relacionamentos que nos entristecem pelo simples fato de não acreditar mais na vida após a morte. Assim, caminhamos escolhendo a vida sem tempero. Os relacionamentos e as circunstâncias precisam ser temperados com amor e não podemos deixar tudo para depois. Depois de quando? Depois da morte?
“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre a tua pessoa”. Efésios 5:14
Neste dia de finados, desejo que vocês sem lembrem destes mortos, que deixaram de sonhar e de acreditar na vida!
Desejo que possamos nos ajudar a celebrar a vida intensamente e em cada detalhe da existência.
Para cada um há um ponto ideal de tempero, qual é o seu?
Um grande abraço!
Taty – Blog Luz Estelar
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