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Foto do escritorTaty Mendes

O despertar – Filho Pródigo, a Jornada do Herói e a Árvore da Vida da Cabala Judaica


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A parábola do Filho Pródigo representa a nossa jornada da vida. Este mesmo roteiro foi divinamente representado nos filmes da Disney e em outros tantos.

Ao participar de um estudo conduzido pelo amigo Adelson, sobre a parábola do Filho Pródigo, no GEMFR, uma conclusão foi arrebatadora em minha mente. Jesus realmente foi incrível, pena que muitas pessoas ainda ficam tão presas em sua “morte” que esquecem o quão rica foi a sua vida. Ele, com uma historinha bem simples, nos trouxe uma representação da nossa jornada no caminho da evolução. Em resumo, visto que a parábola completa pode ser encontrada em Lucas 15:11-32, a história contada por Jesus é a seguinte:

Um homem tinha dois filhos. O mais novo pediu a sua parte da herança e partiu para o mundo afora. Ele viveu de forma irresponsável, gastando todos os bens. Passou necessidades e sofreu muito. Então, ele resolveu voltar para a casa do pai e não esperava ser recebido novamente como filho, por não se achar digno. O pai o recebeu com uma grande festa. O filho mais velho reclamou, ficou inciumado (inciumado é interpretação minha, tá?) e o pai disse: Nós tínhamos que comemorar e nos alegrar, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado.

Depois de passar toda a minha vida do lado do irmão mais velho, pensando que o pai foi injusto, vem o estudo do Adelson e muda tudo. Quem é o filho pródigo senão nós mesmos, que fomos criados por Deus como puros e perfeitos, e fomos nos perdendo pelo caminho? Nos distraímos sendo pessoas que não somos, até nos despertarmos e resolvermos caminhar de volta para a casa do pai, ou seja, a nossa verdadeira essência. Me ocorreu que não somos essa versão com vícios, impacientes, com raiva ou chatos, em essência somos puros e perfeitos, e cada vez que nos libertamos desta personalidade que vestimos, damos passos seguros para o retorno à casa do pai.

A casa do pai pode ser o Reino de Deus dos Cristãos, a iluminação dos Budistas ou a unidade do ser dos Hinduístas. Ela é o despertar para a nossa essência, quem somos e não quem estamos sendo agora.



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Jesus é tão incrivelmente sábio e amoroso, que ele explicou complexos temas em uma historinha simples. Nela está representada a espiral do conhecimento, aonde você primeiro tem o conhecimento, depois descobre o vazio e aí sim, abre espaço para novos conhecimentos. Esta história também representa a jornada do Herói, que veio a inspirar vários filmes famosos.


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Vou citar alguns filmes que seguiram o roteiro da jornada do herói: Shrek, Star Wars, O Senhor dos Anéis, Mágico de Oz, Clube da Luta, Procurando Nemo, Karatê Kid e muitos outros. O personagem inicia a sua jornada saindo do mundo comum. Depois de algumas condições impostas por ele mesmo, resolve seguir para uma jornada no qual ele passa por muitas provas que o transforma. Então ele reinicia o caminho de volta, transformado, para ter um final no mesmo lugar de onde começou, só que agora ele é um ser desperto. Hummm… não seria esta a jornada do filho pródigo?

Lembra que o filme do Shrek tem início com a rotina comum no pântano. Então ele vai para uma jornada e retorna coma Fiona para o mesmo pântano. Esta mesma jornada está explicitada na Árvore da Vida da Cabala Judaica aonde o início e o fim estão no mesmo local. O mesmo ser que começa, após uma jornada de transformações, chega ao mesmo lugar transformado.

O filme da Disney que mais me fez pensar sobre esta jornada foi a Bela Adormecida. Eu mudaria o nome para “O Despertar”.

Vou contar a história de forma a representá-la dentro da parábola do filho pródigo, jornada do herói ou árvore da vida. Veja bem:

Uma princesa sai de seu castelo aonde vivia com o Rei (oh, a casa do pai aí). Então ela sofre uma maldição e vai morar adormecida em um castelo e perde anos e anos da sua vida, eu já disse que ela estava adormecida? Isso é o máximo! Lá, ela é cuidada por um dragão que vive em cima de um tesouro material (ouro e jóias). O dragão, nesta interpretação, representa o ego, aquele que tem completo apego as riquezas materiais (enfim, o dragão não vai comprar nada com aquele dinheiro todo, ele tem por apego mesmo). Então, aparece um príncipe, cheio de coragem, e mata o dragão. Humm… para matar o nosso ego é precisa de muita coragem mesmo, né? O príncipe “desperta” a princesa. Preciso falar do quão significativo é esse despertar? Bom, eles vão viver no castelo. É, aquele mesmo do início, só que eles foram transformados pelo despertar.

Vocês poderiam imaginar que a história da Bela Adormecida é uma remontagem da história do filho Pródigo? Jesus deveria cobrar os direitos de propriedade 😉

Agora vamos pensar em nossas vidas. Cada vez que você se distancia da casa do pai a jornada vai sendo mais sofrida. Em termos práticos, o distanciamento da nossa essência, como seres puros e perfeitos, representa todas as vezes que você se entrega aos maus hábitos e vícios, todas as vezes que você se consome pelas delusões como a raiva, o apego, a inveja e outras formas de aflições mentais. Cada vez que nos libertamos destas delusões, nos libertamos do sofrimento para nos despertarmos e iniciarmos o retorno à nossa morada.

Jesus disse:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o Reino de Deus.”

Ele ainda completa falando do quão serão bem recebidos aqueles que sofrem, sentem fome e outras provas. Sempre li e refleti sobre os “pobres de espírito” e, certamente, Jesus não falava de riquezas materiais, tampouco ele queria que sofrêssemos, visto que Ele é puro amor. Hoje me soa bem a interpretação de que Ele nos espera em festa na casa do pai, nós que nos perdemos como filhos pródigos, um dia nos despertaremos e seremos recebidos em grande festa.

É maravilhoso podermos enfrentar esta jornada contando com os amigos, família e amores. Gostaram desta reflexão?

Luz Estelar!

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